quinta-feira, 17 de maio de 2012

Brincar – Linguagem Viva das Crianças


Há alguns anos, em várias cidades do mundo, inclusive no Brasil, passou-se a comemorar, no último final de semana do mês de maio, o Dia Internacional do Brincar. A proposta nasceu com o objetivo de incentivar e resgatar vários tipos de brincadeiras e torná-las novamente vivas em espaços públicos e privados, em instituições, em escolas, na rua, na família, etc.
Esta iniciativa traz sempre muita alegria às crianças, pois o brincar é, para o universo infantil, a forma essencial e verdadeira de se comunicarem com o mundo que as cerca, de se relacionarem com as pessoas, com os objetos, de descobrirem a si mesmas, de explorarem os espaços reais e também os imaginários. Como é saudável e cheio de vida o mundo imaginativo das crianças, quando elas estão brincando! Quanta coragem, criatividade, persistência, vontade, alegria, movimento, confiança, quanta vitalidade envolve o seu brincar! Quantas forças um brincar sadio e rico de vivências das mais diversas traz para o desenvolvimento físico, emocional e mental das crianças! Uma infância bem vivenciada é uma herança maravilhosa que levamos para o resto de nossas vidas!
Sim, o brincar é a linguagem viva das crianças. Mas como está o brincar das crianças, atualmente? Observe ao seu redor, abra a porta, observe a sua rua, seus vizinhos…, do que as crianças estão brincando? Feche os olhos, lembre de seus sobrinhos, filhos de amigos e parentes. Do que eles brincam, como eles brincam? Não é muito gostoso quando lembramos de uma brincadeira que nossos pais ou avós contavam de suas infâncias? Mas hoje, que tipo de brincar estamos alimentando em nossas crianças? E nossos filhos, quando forem pais, que tipo de brincar ensinarão aos seus filhos, aos seus netos? Ouçam, observem, sintam. As crianças, ao nosso redor, estão pedindo oportunidades para brincar! Muitas manifestam esta necessidade através da hiperatividade, da agressividade, do hipnotismo frente à TV e ao computador, ou mesmo através de doenças constantes, depressão, aparente passividade e falta de vontade. Estas manifestações não combinam com uma infância sadia, mas, infelizmente, estão cada vez mais presentes no dia-a-dia das crianças.
Fiquemos mais atentos! Que o Dia do Brincar seja um alerta, mas, também, um incentivo para resgatarmos a importância do brincar para o desenvolvimento sadio das crianças e alegria de todos nós.