quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O SORRISO DE UMA CRIANÇA E O NATAL

O Natal está a chegar, caminha suavemente com pezinhos de lã como os de uma criança. Vem o frio para gelar as mãos, enquanto o amor e a paz renascem para aquecerem o coração. Como tal, decidi brindar esta quadra natalícia com sorrisos de crianças, que são os presentes mais doces e mais belos que todos podemos receber. Não há nada mais bonito que fazer e ver uma criança sorrir e rir de alegria. O meu sobrinho foi a melhor prenda de sempre que nós cá em casa recebemos há quatro anos atrás e o seu sorriso é o melhor presente que constantemente recebemos, no Natal e sem ser no Natal. Porque uma criança deve ser feliz e ter motivos para sorrir todo o ano.

A solidariedade não deve ser praticada apenas no Natal, mas todo o ano. Porque os pobres não comem só no Natal, nem as crianças brincam apenas no Natal. Assim como deixam presentes e comida nos caixotes para depois serem distribuídos, façam-no igualmente noutras alturas. Temos tantos livros infantis que já não lemos, brinquedos arrumados em caixotes no sótão que se cobrem de pó de esquecimento. Juntem pequenas lembranças que, por muito insignificantes que sejam para nós, poderão ser a alegria de muitas crianças.

Eu juntei brinquedos que o meu sobrinho já não usa e levei a crianças de centros de acolhimento daqui da minha zona, em que já trabalhei. Os sorrisos dos pequenotes foi a melhor prenda que pude receber, alem dos milhentos beijinhos reconfortantes que recebi como agradecimento. Vale a pena fazermos pequenos gestos como estes. Vale a pena partilharmos o que temos a mais com quem tem de menos.

Feliz Natal a todos

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

CRIANÇAS ESPECIAIS

Autismo

Definições:

  • O autismo é uma deficiência no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. É encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças, que possa causar a doença.
  • ( Autism Society of American Associação Americana de Autismo-ASA).
  • Transtorno global do desenvolvimento caracterizado por: um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos, e apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo. Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas outras manifestações inespecíficas, por exemplo: fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade. (CID-10 – 2000)

Causas:

Não se conhece a causa do autismo, mas, estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral, fenilcetonúria que é uma deficiência herdada de enzima, ou a síndrome do X frágil. Além disso, pode-se admitir que tenha relação com fatos ocorrido durante a gestação ou parto.

Sintomas:

Os sintomas do autista, geralmente persistem ao longo de toda a vida e são verificados através de muita observação, tais como:

  • Usa as pessoas como ferramenta, isto é, aponta objetos para que as pessoas peguem para eles sem manifestarem esforço para faze-lo.
  • Resiste a mudanças de rotina.
  • Isola-se e não se mistura a outras crianças.
  • Não mantêm contato visual com outra pessoa.
  • Age como se fosse surdo, não atendendo a chamados.
  • Resiste ao aprendizado.
  • Apresenta apego a determinados objetos.
  • Não apresenta medo de perigos.
  • Gira objetos de maneira estranho e peculiar.
  • Apresenta risos e movimentos com relação a nada.
  • Resiste extremamente ao contato físico.
  • Acentuada hiperatividade física.
  • Às vezes torna-se agressivo, destrói objetos, ataca e fere pessoas aparentemente sem motivo.
  • Apresenta certos gestos imotivados como balançar as mãos ou ficar balançando-se.
  • Apresenta comportamento indiferente e arredio.
  • Cheira ou lambe os brinquedos.
  • Etc...

Diagnóstico

Não existem exames laboratoriais ou de imagem que diagnostiquem o autismo. Os pais são os primeiros a notar algo diferente nas crianças autistas. Quando bebê mostra-se indiferente à estimulação por pessoas ou brinquedos, focando sua atenção por longos períodos em determinados itens. Outras crianças começam com um desenvolvimento normal nos primeiros meses para mais tarde tornar-se isolado a tudo e a todos. Normalmente, o diagnóstico é feito clinicamente através de entrevista e histórico do paciente. No entanto, tem famílias que levam anos para perceber algo anormal na criança, causando atraso para o início de uma educação especial, pois quanto antes se inicia o tratamento, melhor é o resultado.

Tratamento

O tratamento deve ser feito por uma equipe multi e interdisciplinar:

  • Tratamento médico - formado por pediatra, neurologista, psiquiatra e dentista.
  • Tratamento não-médico - formado por psicólogo, fonoaudiólogo, pedagogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e orientador familiar.

Contudo, a família e a base do tratamento com envolvimento total ao mesmo, estes devem procurar uma fonte de apoio que pode ser um terapeuta, um amigo, uma religião e lembrar-se sempre que o autismo é para sempre, mas não é uma sentença de morte e todos os familiares devem procurar se informar ao máximo sobre o autismo, para poder auxiliar no tratamento.

Os medicamentos continuam sendo componentes importante para o tratamento, porém nem todos os pacientes deverão utilizá-lo.

O sucesso do tratamento depende exclusivamente da dedicação qualificação dos profissionais que se dedicam ao atendimento, bem como a dedicação e empenho dos familiares.

sábado, 12 de setembro de 2009

Os nutrientes certos na hora certa: criança saudável e feliz!

Os nutrientes certos na hora certa: criança saudável e feliz!

A frase que virou um hits bonitinho nos anos 80: comer, comer é o melhor para poder crescer; hoje é tema de grande preocupação! Deixar a criançada comer o que tem vontade e a qualquer hora do dia é uma atitude inadequada e perigosa.

A base da alimentação das crianças deve ser composta pelos macronutrientes (carboidrato, proteínas e lipídeos), vitaminas e; micronutrientes, fundamentais ao crescimento saudável como ferro, cálcio e zinco. Além das refeições principais (café-da-manhã, almoço e jantar), o certo é se alimentar a cada três horas e aliar isso a prática de exercícios físicos.

A quantidade de nutrientes importantes para cada faixa etária não varia; porém, à medida que a criança cresce, a ingestão calórica diária aumenta.

O difícil é aplicar esta teoria na prática e nos dias atuais. O aparecimento dos fast-food, o crescimento de guloseimas que aparecem nas gôndolas dos supermercados, o fácil acesso aos lanches gordurosos nas cantinas das escolas contribui muito para que as crianças percam o paladar e a vontade pelos alimentos considerados saudáveis e essenciais na alimentação.

Para o bebê até o 6º mês - Aleitamento materno exclusivo!

Para o bebê a partir de 6 meses de idade - Dos seis meses em diante, além do aleitamento, incluir uma alimentação de sal (almoço), que seja composta de alimentos energéticos (arroz, batata ou macarrão), protéicos (carnes de boi, frango ou peixe), alimentos coloridos ricos em vitaminas, minerais e fibras (cenoura, abóbora, couve-flor, abobrinha, agrião, brócolis, chuchu, etc); e ricos em ferro (folhosos verdes escuros). Inclua também um alimento do grupo das leguminosas (feijão, ervilha, lentilha ou grão de bico). De sobremesa sempre fruta, principalmente as da época que são mais saudáveis, livres de agrotóxicos! A consistência deve ser pastosa rala: tudo bem cozido e amassadinho, para facilitar a mastigação e a digestão.

A partir do sétimo ou oitavo mês, incluir outra alimentação de sal (jantar) e a partir daí a mãe já deverá ir evoluindo a consistência das preparações.


Na fase de recusa (entre 4 e doze anos) não se preocupe! É absolutamente normal a redução do apetite, pois a alimentação nesta fase passa a ser uma coisa menos interessante; além disso, descobrem suas próprias preferências e passam a rejeitar o que é imposto pelos pais. Na hora da fome dificilmente irão recusar um alimento! O que não deve ser feito é forçar a criança a comer. Isso faz com que ela associe os alimentos que não gosta a prêmios ou a castigos: “Coma e te deixo jogar videogame. Não coma e te proíbo de assistir à TV.” Esse tipo de atitude poderá mais tarde, levar a criança a comer por obrigação, sem a idéia de alimentação sadia.

Na lancheira evitar alimentos ricos em gorduras, que são digeridos lentamente e podem atrapalhar e diminuir o apetite das crianças na hora do almoço. Pão integral com queijo ou geléia, uma fatia de bolo caseiro e um suco ou um achocolatado são ótimas opções. Já para os que comem na cantina, ensinar a criança a dar preferência aos assados ou a um queijo quente será válido.

Guloseimas podem ser oferecidas à criança eventualmente e em pouca quantidade. Quando proibidos completamente, passam a ser hipervalorizados. Salgadinhos, bolachas recheadas e frituras são exemplos muito calóricos e pouco nutritivos!

sábado, 5 de setembro de 2009

NAO ESQUEÇAM !!!

porco

Imagine milhões de crianças que serão vacinadas no Outono. Eles propagarão o vírus H1N1 por todo o país, nos canos de esgoto e, possivelmente, através do processo de dessalinização e água da torneira.
Se metade da população dos Estados Unidos forem vacinados no Outono e noInverno , imaginem a virulência mortal da gripe suína numa base anual. A vacinação obrigatória irá causar uma pandemia e provavelmente não é a solução.
Ambas as Vacinas de Novartis e GSK contêm MF59, um adjuvante à base de esqualeno. Sua combinação com um vírus vivo torna-o muito mais poderoso e mortal.
A vacina da GlaxoSmithKline contra a gripe contém thimerosal , um conservante de vacinas composto principalmente de um mercúrio altamente tóxico.
Mercúrio é o segundo metal mais tóxico do planeta.
Sabemos que é a causa de autismo e de outros danos neurais em crianças. As vacinas também contêm formaldeído, um químico responsável pelo câncer.
Todo esse medo da gripe é uma informação lançada pelos fabricantes de vacinas, com a ajuda da mídia e do governo federal. Assim, eles poderão simplesmente vacinar milhões de americanos sem qualquer dificuldade.
A Segurança Interna, o BATF, o FBI, U. S. Marshals, o Exército dos Estados Unidos, e a FEMA NORTHCOM discutem os planos para ajudar as autoridades civis na vacinação e colocação em quarentena, grande parte da população dos Estados Unidos.

E você vai tomar a vacina?

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Gripe H1N1 em crianças


Qual a diferença entre a gripe H1N1 e a gripe comum?


Tanto a gripe comum como a gripe H1N1, que foi conhecida inicialmente como gripe suína, são transmitidas pelo vírus influenza. Existem vários subtipos desse vírus, que podem afetar tanto os seres humanos como os animais.

A gripe H1N1 é causada pelo vírus influenza A. Os vírus influenza (até do tipo A) causam gripes comuns em seres humanos todos os anos. Essas gripes comuns são chamadas de sazonais e são também classificadas como pandemias, a pandemia anual de influenza.

A diferença é que esta versão do influenza, a A/H1N1, até pouco tempo atrás só infectava animais, como os porcos, e assim os seres humanos não desenvolveram imunidade contra ela. Provavelmente houve uma mutação nesta variedade, permitindo a infecção humana a partir de suínos, assim como ocorreu com a gripe aviária.

Em princípio, pelo que vem sendo observado até agora pelos governos de todo o mundo e pela Organização Mundial da Saúde, a gripe H1N1 não é muito mais grave do que a gripe comum. O receio dos infectologistas é de que o vírus esteja causando complicações em pessoas jovens.

A vacina contra a gripe protege contra a gripe H1N1?


Não, a vacina contra a gripe disponível nos postos de saúde e nas clínicas particulares não protege contra o A/H1N1. Mas vale lembrar que a aplicação da vacina sazonal contra o influenza é recomendada pela maioria dos médicos no caso de mulheres grávidas e bebês a partir dos 6 meses (a vacina é segura e não causa infecção ou a própria gripe).

A vacina contra a gripe comum evita que a doença se complique e se transforme em quadros mais graves, como a
pneumonia.

Há ainda outros bons motivos para a vacinação o mais abrangente possível contra a gripe sazonal:

• quanto menor a circulação do vírus da gripe sazonal ou comum em concomitância com o vírus A/H1N1, menor a possibilidade de combinação ou mutação entre eles, o que poderia induzir ao aparecimento de outros tipos de vírus eventualmente mais graves.

• maior facilidade de diagnóstico para a gripe A/H1N1 em pessoas já vacinadas contra a gripe sazonal e que apresentam sintomas típicos de gripe (e não resfriado comum).

Como vou saber se é gripe comum ou gripe H1N1?


Na verdade, não faz muita diferença saber, porque a nova gripe está aos poucos substituindo a chamada "gripe comum". Os sintomas são os mesmos de qualquer gripe, mas os principais são:

• febre repentina de mais de 37,5 graus e tosse
• pode haver também cansaço, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares e nas articulações
• há casos com diarreia e dor abdominal

Se seu filho apresentar sintomas de gripe (febre, tosse), fale com o médico. Crianças de menos de 2 anos são consideradas grupo de risco e podem tomar remédios específicos para evitar complicações. Os medicamentos são mais eficazes se tomados nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.

Evite deixar seu filho gripado num lugar com muita gente. Ao chegar à sala de espera, por exemplo, avise que se trata de suspeita de gripe suína para evitar que outras pessoas tenham contato com ele.

Um amiguinho do meu filho teve a doença. O que faço?


Em primeiro lugar, procure se acalmar. Lembre-se que, assim como na gripe comum, a gripe suína normalmente se cura sozinha. Mantenha seu filho bem alimentado e bem hidratado, pois assim ele conseguirá combater melhor a doença se por acaso a pegar.

Fique de olho e, em caso de surgir febre, junto com tosse ou qualquer outro sintoma, procure atendimento médico (se possível telefone primeiro para o pediatra).

Caso seu filho tenha algum problema crônico de saúde, for imunodeprimido ou for especialmente sensível a infecções (o que pode acontecer com prematuros), avise o médico de que houve um caso próximo a ele, mesmo antes de surgirem os sintomas. Mantenha-o longe de aglomerações e capriche na amamentação, se ainda der o peito.

Qual é o tratamento? Como vou saber se é grave?


Os casos de gripe H1N1 estão sendo tratados na maioria em casa, não no hospital, a não ser que haja complicações respiratórias, doenças debilitantes ou quadros mais graves. Se seu filho estiver com suspeita de influenza A/H1N1, o médico vai pedir que você o mantenha em casa -- não o leve para a escola e não permita visitas, para evitar que outras pessoas peguem a gripe.

Quanto mais novo o bebê, maior é o nível de cuidados e atenção para que a doença não se complique. Procure deixar sua casa e o quarto bem ventilados, com janelas abertas para o ar circular.

Atenção aos sinais de alerta de complicações:

• criança ofegante
• falta de ânimo
• febre acima de 39 graus

Se você estiver em dúvida, procure um médico para mais informações.
Mulheres grávidas com suspeita de H1N1devem procurar assistência médica, porque o tratamento é mais específico.

E se a mãe estiver com gripe H1N1, pode amamentar o bebê?


Sim, a mulher deve continuar amamentando o bebê, porque o leite materno ajudará a criança a combater o vírus. Ela pode usar uma máscara enquanto dá o peito, dependendo da orientação médica. Os medicamentos antivirais eventualmente usados no tratamento parecem ser seguros para o bebê, mas é melhor perguntar para o médico que está cuidando do caso.

Caso a criança esteja com a gripe H1N1, a amamentação é positiva, porque o leite materno a mantém hidratada e é mais fácil de digerir. Além disso, mesmo que a mãe não esteja doente, pode ter desenvolvido anticorpos contra o vírus, que vão ajudar a criança a combatê-lo.

Tem algum jeito de evitar a gripe suína?


Infelizmente ainda não há vacina específica para o vírus H1N1, que provoca a chamada gripe suína, mas simples medidas de higiene podem ajudar.

São elas:

• Vírus e bactérias podem sobreviver por duas horas ou mais em superfícies como torneiras ou telefones. Por isso, lavar as mãos com frequência é uma medida que ajuda a evitar infecções de um modo geral. Lave as mãos do seu filho sempre que puder, e especialmente antes das refeições.

• Mantenha também as
suas mãos bem limpas antes de lidar com o bebê. Sempre que você tossir ou espirrar, lave bem as mãos com sabonete e de preferência água morna. Esfregue os dois lados das mãos por ao menos 15 segundos e enxágue com bastante água. Caso você não tenha acesso a água e sabão na hora, carregue com você um gel anti-séptico à base de álcool para suas mãos, ou use lenços umedecidos. A princípio, não é aconselhável usar gel à base de álcool em crianças pequenas, mas converse com o pediatra.

• Evite circular com crianças pequenas em ambientes de grande aglomeração de pessoas nas áreas afetadas pela doença.

• Mantenha a criança longe de pessoas gripadas em geral. Se a avó está espirrando e tossindo, é melhor não pegar o bebê no colo. Haverá muito tempo depois para aproveitar o netinho sem o risco de transmitir vírus.

• Se houver alguém com suspeita de gripe suína na sua família, mantenha-a em casa e siga as orientações médicas. Não mande uma criança com suspeita de gripe H1N1 para a escola.

• Não tussa ou espirre em suas mãos, porque elas podem ficar cobertas de vírus, que pode ser facilmente espalhado para outras pessoas. A recomendação é cobrir o nariz e a boca com papel higiênico ou lenço de papel ao espirrar ou tossir e depois jogá-los fora. Se não tiver um papel descartável à mão, cubra sua boca com o braço e espirre na manga. Muitos especialistas até acham esse método melhor que o papel, porque só de segurá-lo pode haver contaminação das mãos.

Por quanto tempo a criança fica contagiosa se tiver a gripe?


A partir do surgimento dos sintomas, a pessoa fica contagiosa por até uma semana. Esse período pode ser maior no caso de crianças bem pequenas. Por isso o melhor é deixar seu filho "de molho" em casa até obter o sinal verde do médico.

Onde posso conseguir mais informações?


Como as informações sobre o assunto mudam rapidamente, para saber detalhes e recomendações atualizados sobre a gripe A/H1N1 nas diferentes regiões do Brasil e em outros países, acesse o site do
Ministério da Saúde.

Você também pode ligar para o Disque-Saúde (tel. 0800 61 1997).

sábado, 25 de julho de 2009

Como proteger as crianças do vírus da gripe suína



Vírus da gripe suína nas crianças e bebês
Os especialistas médicos alertam que pouco se pode fazer para prevenir uma pandemia da gripe suína, mas dizem que medidas de senso comum podem ajudar aos pais a proteger aos seus filhos da contaminação da gripe suína.
É muito importante saber que partículas com o vírus podem resistir em mesas, brinquedos e outras zonas freqüentadas pelas crianças. O contacto do bebê ou dos meninos com ponto infectado pode levar a contaminação da doença.

Medidas contra a contaminação do vírus da gripe suína

A primeira medida, e a mais importante contra o vírus da gripe suína, é lavar as mãos, uma maneira surpreendentemente eficaz para prevenir todos os tipos de doenças, incluindo a gripe comum, e a nova e misteriosa gripe suína. Lave suas mãos e as do seu bebê freqüentemente.
Proteja a sua tosse ou o seu espirro. O vírus da gripe pode espalhar-se em tosses e espirros, mas evidências crescentes mostram que pequenas partículas do vírus podem colar-se em qualquer lugar e serem transferidas pelos dedos quando levados à boca, nariz ou olhos pelas crianças e adultos.
Álcool em gel e sabonetes em espuma são eficazes na destruição de vírus e bactérias.
Qualquer um com os sintomas semelhantes ao da gripe suína – ou de qualquer outra gripe -, como febre repentina, tosse ou dores musculares, deve evitar o trabalho ou o transporte público e deve realizar exames médicos.
Distanciamento social é uma boa táctica dos pais para evitar a contaminação nestes momentos de pouca informação sobre a doença. Ou seja, ficar longe de outros adultos e crianças que possam estar infectadas, e evitar grandes aglomerações, trabalhar e até repousar em casa se a infecção se espalhar pela comunidade.
Se você viaja para zonas afetadas estas são as recomendações para evitar a contaminação do vírus da gripe suína em adultos e crianças.
  • Lavar freqüentemente suas mãos e a dos seus filhos, com água e sabão, para reduzir a probabilidade de transmissão da infecção.
  • Cobrir a boca e nariz quando espirrar ou tossir, usando lenço de papel sempre que possível.
  • Utilizar lenços de papel, que devem ser de uso único, depositando-os num saco de plástico que deve ser fechado e colocado no lixo após utilização.
  • Limpar superfícies sujeitas a contacto manual (como maçanetas das portas) com um produto de limpeza comum.
Os viajantes que regressem de áreas atingidas ou que tenham tido contacto próximo com qualquer pessoa infectada e que apresentem sintomas de gripe (febre alta de início súbito, tosse, dificuldade respiratória, dores musculares e dores de cabeça) devem permanecer em casa e ligar para o médico ou centro de saúde.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Gripe Suína e sua Prevenção nas Crianças

http://dn.sapo.pt/storage/ng1142432.jpg?type=big&pos=0

A OMS refere que ainda é cedo para identificar as origens do vírus da gripe suína que provocou o medo de uma pandemia.
Contudo a OMS vai alertando para o reforço de uma maior vigilância.

Fases da Pandemia (clicar).

A gripe suína é uma doença respiratória provocada por uma nova estirpe de vírus Influenza A(H1N1) geneticamente diferente da que tem sido encontrada no homem mas com DNA semelhante ao suíno, daí o seu nome. Até à data, as correntes isoladas da doença têm sido classificadas como vírus gripais de tipo C ou de tipo A, como é o caso da que está actualmente a preocupar todo o mundo, que é do tipo AH1N1.
É sabido que o vírus da gripe suína transmite-se através do contacto directo com os animais infectados, ou seja, entre animais e humanos, mas últimamente parece transmitir-se entre humanos, espalhando-se pelo ar, através de tosse e espirros (daí o uso das máscaras faciais ser tão importante!).

O vírus H5N1 manifesta-de com uma acção no corpo humano semelhante à do H1N1:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/images/20051122-veja_como_o_virus_h5n1_age_no_corpo_humano.gif

Além disso, evidências recentes parecem apontar para o facto de que pequenas partículas do vírus podem resistir em mesas, telefones e outras áreas de superfície em que os humanos tocam e serem transmitidas pelos dedos quando levados à boca, nariz ou olhos.O vírus não pode, como já foi amplamente sublinhado, ser transmitido através do consumo de carne de porco, uma vez que a temperatura de cozedura (71º Celsius) destrói os vírus e as bactérias.

sábado, 30 de maio de 2009

PEDOFILIA - CUIDADO !!

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A pedofilia consiste no abuso sexual contra crianças e esse tipo de crime está se apresentando em proporções mais preocupantes nos últimos anos. O número de casos envolvendo a ação de pedófilos aumentou e eles usam a internet como um veículo para entrar em contato com as crianças.

A psicologia julga a pedofilia como um desvio mental, mas a Justiça estabelece punições rigorosas para os praticantes desse abuso. A criança é aos poucos envolvida pelo pedófilo e as vezes é tão inocente que sofre um estupro sem ter conhecimento disso.

Assim, os pais devem ficar atentos aos hábitos dos filhos, se informarem também sobre os contatos que eles estabelecem na internet. A pedofilia é o tipo de prática capaz de traumatizar a criança pelo resto da vida e provocar transtornos futuramente.



RESUMO: O presente artigo trata acerca do tema da pedofilia na internet e a ausência de tipificação penal na legislação brasileira. Tem como foco realizar uma reflexão no âmbito jurídico, sob a importância de ser modificada a legislação vigente, no que tange a urgência de tipificar a pedofilia no Código Penal e adapta-la à realidade das novas tecnologias, como a da internet que vem modificado paulatinamente o comportamento da nossa atual sociedade, e da importância de acompanhar as mudanças sociais. Objetiva a tipificação penal de pedofilia para que haja evolução no campo de atuação do Direito Penal Brasileiro.

Palavras-chave: crianças, internet, pedofilia, crime organizado, violência contra menores.

SUMÁRIO: Introdução; 1. Antecedentes Históricos; 2. A Legislação Acerca de Abusos Sexuais; 3. Os Casos de Pedofilia e a Legislação Brasileira; Conclusão.

INTRODUÇÃO
Este artigo é resultado de uma pesquisa bibliográfica, onde os principais questionamentos que nos apresentam e que são objeto deste trabalho são relativos à necessidade de tipificar a pedofilia no Código Penal Brasileiro (CPB), para a proteção de bens jurídicos, em decorrência de práticas violadoras do seu sistema de proteção e da lesividade social que estes comportamentos vêm alcançando, onde cabe ao Estado atuar de maneira preventiva e repressiva, na esfera civil e penal para coibir a prática de atos ilícitos na internet. Buscaremos esclarecer ao máximo um questionamento, que merece ser tratado com minuciosa atenção, por sua relevância, porém nem sempre levada em consideração, qual seja: A pedofilia traduz-se juridicamente em crime de estupro (art. 213 do CPB) e/ou atentado violento ao pudor (art. 214 do CPB). Portanto, antes de adentrarmos ao cerne deste artigo faz-se necessário analisar os antecedentes históricos, assim como os aspectos legais, com relação ao importante tema. 

1 ANTECEDENTES HISTÓRICOS 
Nas culturas primitivas, o relacionamento sexual com crianças era permitido, a iniciação sexual com infantes era festejada com cerimônias que envolviam magia, crença e rituais de cura. E inclusive era admirado e praticado por diversos povos até a era judaico-cristã.
No Egito as crianças eram submetidas aos caprichos sexuais dos faraós. Já na Grécia Antiga, cabia ao chefe da família iniciar jovens na pratica sexual, que resultava na disseminação da homossexualidade e da pedofilia.
Na sociedade romana, o pater famílias*2 possuía a pátria potestas, poder quase absoluto sobre os que dele dependiam. A prática do sexo entre o pater familias e ofilius estava inteiramente fora do controle do Estado, posto que aquele que tinha o poder de vida e de morte sobre este, agindo como verdadeiro dominus*3. A única restrição era quanto à morte de recém-nascido, assim estava escrito na Lei das XII Tábuas, promulgada entre 450 e 451 a.C. que vigorou até Constantino, no ano de 337 d. C.
A história do mundo árabe e do mundo oriental também registra a prática de sexo entre adultos e crianças, destacando-se a prática sexual dos samurais com suas jovens amantes, que se emancipavam somente quando adultas.
Na Idade Média iniciou-se, um intenso combate à sodomia*4 que, entre suas variações, incluia a prática sexual com crianças e foi veementemente reprimida em toda Europa, as práticas não eram novas, porém a visão que a sociedade tinha delas havia mudado. 
Desde então, a pedofilia silenciou-se ao mundo. Não se sabe a real extensão de tais abusos, senão por relatos da história da prostituição infantil, já na era da revolução industrial e pelos contos românticos que a literatura difundiu.
Atualmente, o termo pedofilia*5 se refere à atração sexual de adultos por crianças, que se encontram na fase pré-púbere. De acordo com a classificação internacional de doenças (CID-10, item F65.4), trata-se de perturbação sexual qualitativa, reputada como transtorno da preferência sexual, dividindo-se os pedófilos em estruturados e oportunos ou situacionais.
Denominamos como parafilias os transtornos da sexualidade humana. A Psiquiatria Forense se interessa, predominantemente, pela forma grave, que se caracteriza pelo caráter impulsivo, que se reflete na necessidade imperiosa de repetição da experiência.

2 A LEGISLAÇÃO ACERCA DE ABUSOS SEXUAIS
A Constituição Federal brasileira, em seu art. 1º, definiu o Brasil, como um Estado Democrático de Direito. Estamos nos referindo ao mais importante dispositivo da Carta Magna de 1988, pois dele emanam todos os princípios fundamentais do Estado brasileiro. Partindo do princípio de que o Brasil é um Estado Democrático de Direito, cabe ao mesmo possuir um Direito Penal que selecione entre todos os comportamentos humanos, aqueles que devam ser considerados como crimes hediondos, pela lesividade que alcançam como é o caso da pedofilia. Ocorre que o Código Penal Brasileiro não alcançou a pedofilia, e não a prevê como crime, a ausência de uma legislação específica para essa conduta, tem sido o maior entrave para combater a indústria da pedofilia na internet, responsável pela publicação indevida de material pornográfico envolvendo crianças, na sua maioria entre 1 (um) a 12 (doze) anos, muitas vezes aproveitando-se da pobreza, da fragilidade e da inocência dos menores para levantar altas somas em dinheiro, são organizações criminosas, que visam o lucro econômico, estimulando portadores de parafilias e os incentivando.
O tema pedofilia finalmente começou a ser discutido em nível jurídico-penal no Brasil, em 25 de março de 2008, quando foi instalada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará os crimes de pedofilia na internet. A CPI vai também discutir Projeto de Lei que autoriza a prisão preventiva de estrangeiros acusados de pedofilia até que o país de origem peça a sua extradição. O projeto muda as regras atuais, que só permitem a prisão de estrangeiro no Brasil depois de apreciado processo de extradição pelo Ministério das Relações Exteriores e Supremo Tribunal Federal (STF). Com ele será possível a prisão preventiva e temporária de pedófilos pela Polícia Federal. Embora esteja parado há um ano na Câmara, o projeto estabelece que, uma vez formalizado no Brasil o pedido de prisão de um estrangeiro com mandado de prisão decretada em seu país, a detenção se mantém até o julgamento final de extradição, pelo STF. Os pedófilos, não terão direito às concessões previstas em lei, como liberdade vigiada, prisão domiciliar ou prisão albergue.
É necessário ressaltar que a legislação atual autoriza o Ministério da Justiça a ordenar a prisão preventiva de um estrangeiro para que seja extraditado. Porém, a Constituição Federal, explicita no art. 5º, inciso LXI, que “ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, [...]”. Este preceito constitucional impossibilita a qualquer agente do Poder Executivo decretar a prisão de um estrangeiro, ou sequer de brasileiro, acusado de pedofilia. 
Atualmente no Brasil a prática sexual de um homem com uma mulher pré-púbere é tipificada como estupro (art. 213 do CPB), ou quando praticado contra uma criança ou adolescente do sexo masculino como atentado violento ao pudor, dependendo da circunstância do fato criminoso “art. 214 - constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal.” Em que pese o fato de que o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei nº. 8.069/90) ter como escopo a proteção integral à criança e ao adolescente (art. 1º do ECA).

3 OS CASOS DE PEDOFILIA E A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
De acordo com noticia divulgada na Agência Brasil:
“A maior dificuldade, segundo Carlos Sobral, delegado que atua no combate a crimes cibernéticos, é o rastreamento das informações. ‘A pessoa está no Brasil se comunicando com alguém na Alemanha usando um provedor de internet na Rússia e buscando a imagem na China. Falta legislação que permita à polícia conseguir identificar com eficácia e rapidez os autores dos delitos’, Ele ainda reclama que a lei não obriga os provedores de internet no Brasil a arquivar dados dos computadores de seus clientes. Segundo o delegado, essa foi uma das principais dificuldades na Operação Carrossel, que investigou crimes de pedofilia pela internet no fim do ano passado. ‘O arquivamento poderia nos levar ao computador e ao autor da pedofilia e, simplesmente, a operadora, o serviço de telefonia não dispunha dessa informação. Só aí a pessoa já se livrou da investigação desde o início’. A Operação Carrossel foi realizada em 25 estados. Ao todo, foram 102 mandados de prisão. ‘Se tivéssemos condições de ter acesso a essas informações (dados do computador pela operadora) de forma rápida, com certeza, em vez de 102, seriam mais de 250 mandados’, disse o delegado. A operação ainda apreendeu 142 discos rígidos de computadores e 1.142 DVDs. ‘Os peritos estão tentando localizar as imagens e chegar ao autor’, completou o delegado. A facilidade com que os dados são trocados entre usuários de internet outro aspecto que preocupa os investigadores. Durante a fase de rastreamento de dados da Operação Carrossel, alertou o delegado, em apenas um computador de um acusado de pedofilia foram detectadas mais de 3 mil pessoas trocando arquivos e fotos. ‘Antigamente, a pessoa que tinha acesso às imagens comercializava pessoalmente ou mandava pelo correio, era mais difícil. Com a internet, se tornou mais fácil, apenas com um clique num teclado de computador ela pode disponibilizar para milhares de pessoas’, afirmou.”.

Há que se ressaltar ainda que na internet, centenas de sites confirmam a existência de um movimento denominado “childlove”, que propõe a aceitação do comportamento sexual e romântico de adultos com crianças, sugerindo mudanças legislativas no que tange à idade para consentimento dos atos sexuais. No Brasil a violência é presumida quando a vítima conta com menos que 14 anos de idade.
Segundo Celso Dalmanto, citando Hungria, Noronha e Damásio, confere valor relativo à violência presumida (ficta). Contudo, afirma o doutrinador que a imaturidade psicológica da menor de quatorze anos é fundamento suficiente para afastar a validade do consentimento com a prática sexual. Nesse caso, o consentimento é absolutamente nulo. É o que atesta a jurisprudência do STF (HC nº. 74.580, j.17.12.96, Informativo nº 58, DJ 06.02.97). “A presunção de violência é absoluta, não a elidindo o consentimento da ofendida e sua experiência anterior”.
A intenção é levantar subsídios para mudar a lei, principalmente no que tange a pedofilia virtual, é necessário que aja uma coalizão de forças envolvendo o Poder Executivo para que administre a coisa pública (res + publica) de maneira eficaz, que o poder Legislativo se manifeste sobre a pedofilia, legislando e fiscalizando, e que o Poder Judiciário julgue e aplique a lei punindo todos os envolvidos nesta prática cruel e criminosa, evitando muitos danos a sociedade coibindo a pedofilia, e levando em consideração que o individuo pedófilo pode e deve controlar seus impulsos, evitando, assim, graves danos ao desenvolvimento da pessoa pré-púbere, sendo necessário submetê-lo a tratamento médico-psicológico, haja vista que não se trata de delinqüente comum, mas sim de alguém cuja sexualidade manifesta-se de modo anômalo, assim como a aplicação de severa punição as organizações criminosas que operam em nosso pais. Que o Estado exerça efetivamente seu controle e fiscalização sobre todas as atividades desenvolvidas em seu território, fazendo uso de sua incontestável soberania, mobilizando o aparato estatal para que elaborem normas que possam se adequar à realidade virtual, contando com a cooperação internacional, apoio e fiscalização ao cumprimento das leis, em conjunto com os provedores e o estabelecimento de alguns princípios ou padrões internacionais.

CONCLUSÃO
É indiscutível que a internet revolucionou os meios de comunicação, trazendo benefícios e tecnologia para o mundo. Hoje, o uso do computador é de caráter transnacional, entretanto o Brasil está diante de um enorme desafio, sabemos ser de responsabilidade do Estado conter a prática de pedofilia, não podemos continuar sendo meros espectadores diante deste problema que nos afronta. Esperamos que este artigo possa contribuir para o combate a Pedofilia. Nossa proposta é que leis específicas sejam aprovadas em caráter de urgência. Também é preciso que haja uma unificação dos procedimentos policiais e uma integração, como já acontece com a Interpol, e acima de tudo cooperação e o aperfeiçoamento de instituições policiais, ou de nada serviriam novas leis penais. É necessário agir rapidamente retirando da nossa sociedade, indivíduos pedófilos que devem ser tratados como criminosos e psicologicamente pertubados, com medicamentos que alterem esses impulsos sexuais, embora saibamos, que alguns pedófilos podem responder ao tratamento; outros, não. O encarceramento, mesmo durante longos períodos, não irão mudar suas fantasias ou os desejos, mas o faria tomar consciência de que deve viver sua sexualidade parafílica com a mesma responsabilidade civil da convencional e que, apesar de não ser responsável por suas tendências, o é em relação à forma como as vive. Os pedófilos devem ajustar-se às normas de convivência social.




sexta-feira, 8 de maio de 2009

VAMOS FICAR DE OLHO NAS CRIANÇAS !!


São Paulo - Pesquisas recentes mostram que as crianças concentram mais o vírus da gripe do que os adultos e podem contaminar outras pessoas por até dez dias após o início dos sintomas. A informação é do pediatra Eitan Berezin, presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Segundo ele, esta constatação levou SBP a seguir uma tendência mundial e modificar este ano o calendário de vacinação. "Ampliamos o período de vacinação de dois para até cinco anos de idade, pois os dados mostram que a gripe incide mais nessa faixa etária”. Atualmente, a campanha da rede pública no País dá ênfase a vacinação de idosos.

Nos Estados Unidos, o Centers for Disease Control and Prevention (Centro de Controle e Prevenção de Doenças Infecciosas) recomenda, desde julho do ano passado, que todas as crianças e adolescentes de 6 meses a 18 anos sejam vacinados. Segundo o médico norte-americano Frederick Ruben, ex-professor da Universidade de Pittsburgh, "imunizar crianças pode evitar o surto da doença, além de reduzir a exposição e hospitalizações.” 

Berezin também recomenda a imunização para jovens, embora os riscos sejam maiores para crianças e idosos. Segundo o especialista em infectologia, a proteção contra a gripe chega a 90%, mas a vacina é contraindicada para quem é alérgicos a ovo, que é usado em sua fabricação. Para quem está entre 30 e 40 anos, a prática de esportes, além de hábitos e alimentação saudáveis ajudam o organismo adquirir uma boa resistência natural contra agentes infecciosos. Mas Berezin reforça que o vírus que causa a gripe suína ainda não tem vacina.

Como o vírus da gripe sofre muitas mutações de um ano para o outro, é preciso se imunizar todos os anos. A rede pública de saúde oferece a vacina contra influenza gratuitamente a quem tem mais de 60 anos, contemplando também aqueles que têm quadros especiais, como imunodepressões, asma, diabete, doenças do coração, problemas renais ou neurológicos. A imunização é indicada nos meses de maior prevalência da gripe, principalmente as semanas que antecedem o inverno.

Quando o período mais frio do ano se aproxima, os sintomas da gripe levam muita gente ao hospital e a passar alguns dias em casa. Além dela, há aumento de outras doenças durante a estação mais fria do ano, como sinusite, rinite e otite média. “O inverno é a época do ano em que predominam as doenças de transmissão respiratória. Há mais concentração de pessoas, mais choque térmico, a poluição aumenta e o trato respiratório fica irritado. Esses fatores facilitam a transmissão”, explica o infectologista Artur Timerman, dos hospitais Albert Einstein e Professor Edmundo Vasconcelos.

Influenza

O vírus influenza (o causador da gripe), segundo Timerman, deve ser considerado como o mais importante. Sozinho, esse vírus infecta cerca de 600 milhões de pessoas por ano - um em cada dez adultos e uma em cada três crianças. Os que mais sofrem são os menores de 2 anos, que ainda não têm o sistema imunológico completo, e os maiores de 65. São eles os mais internados em hospitais e também os que apresentam mais complicações, como a otite e a pneumonia. 

Nos menores de 1 ano as taxas de hospitalização são maiores do que nos idosos e o índice de morte em bebês de até 6 meses é semelhante às taxas em pacientes da terceira idade, segundo a professora doutora Sandra Vieira, do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). As creches são um canal favorável para a proliferação do vírus: de 20% a 50% dos seus alunos ficam infectados pelo influenza.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A CRIANÇA E A DENGUE !!

Presidente da Fiocruz diz que a criança é um ser mais vulnerável. No Rio de Janeiro, a doença atinge 85 pessoas por hora, a maioria crianças.

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Na medida em que a dengue avança sobre todo o país, cresce o número de mortos e casos confirmados. No Rio de Janeiro, a doença atinge 85 pessoas por hora, a maioria crianças. Em entrevista ao “Fantástico” em julho de 2007, o médico Carlos Henrique afirmou que elas são as mais prejudicadas.

“Quem está morrendo hoje? Com o avanço da doença, são as crianças, porque elas nasceram e não são imunes. Isso vira um pânico social, as pessoas ficam angustiadas. Quem será o próximo, qual será a próxima criança que vai morrer?”, alertou o doutor.

Menos de um ano depois, a angústia virou realidade. A dengue virou novamente uma epidemia no Rio de Janeiro, confirmada pela Secretaria estadual de Saúde. Nos hospitais, as filas não páram de crescer.

“Há uma revolta muito grande de saber que o meu filho, com saúde, com disposição, uma criança tão boazinha, foi vencido por um mosquito em pleno século 21”, acusa Paulo Roberto Evaristo, que perdeu o filho Daniel, de oito anos.

Segundo o presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Roberto Evaristo, a criança é um ser mais vulnerável. “Nesses casos, temos uma maior gravidade dos casos de dengue e uma maior letalidade”, explicou.

Em 2006, a epidemia de dengue começou em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Depois foi para Terezina, no Piauí. Este ano, está no Rio de Janeiro. Para o doutor Dráuzio Varella, a geografia da doença acompanha a incompetência das autoridades.

Busca pelo socorro

Paulo Roberto Evaristo contou que o filho começou a ter febre e ficou muito cansado. No dia seguinte, ainda com febre e vomitando, Daniel foi levado pela avó a uma clínica particular da Tijuca, na Zona Norte do Rio. Ele saiu de lá com um diagnóstico e nenhuma dúvida.

“Eu cheguei a perguntar para a médica se não era dengue, mas ela disse que não, que era somente uma virose”, recorda Maria da Conceição Evaristo, avó do menino.

O diretor médico do hospital Prontobaby, Guilherme Sargentelli, disse que Daniel apresentou sintomas de febre com menos de 24 horas e um episódio de vômito que não configurou outro sintoma.

Para o pai do menino, é possível entender que, às vezes, há dificuldade de diagnosticar que seja uma dengue. Mas o que não se pode fazer é descartar essa hipótese, com tantas crianças no hospital com o mesmo problema.

“O médico atendeu, disse que deveria ser um resfriado, porque não tinha nenhum sintoma de dengue. Voltamos para casa e a febre foi se agravando, se agravando, não baixava”, lembra Edineide Souza, mãe de Daniel, que não teve nenhum exame solicitado pelos médicos.

O menino foi mandado de volta pra casa, com uma receita dada pela médica da clínica: um remédio para baixar a febre, um para enjôo, e um soro para hidratação oral. “É tão triste você pegar a agenda e ver a última aula que ele assistiu. E depois mais nada. Acabou”, emociona-se Paulo Roberto.

Sintomas

A dengue é uma virose grave, que pode levar à morte. Por isso, é muito importante saber reconhecer logo a doença. Segundo Varella, ela deve ser suspeitada em todos os casos de febre aguda, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas:

- Dor de cabeça
- Dor atrás dos olhos
- Dores musculares
- Dores nas juntas
- Prostração
- Vermelhidão no corpo

Diante da suspeita de dengue, todo médico tem obrigação de fazer os exames recomendados na cartilha do Ministério da Saúde: além do exame físico, o médico deve pedir um hemograma com sorologia para dengue e fazer a Prova do Laço. De acordo com o doutor Dráuzio Varella, ele é importante porque reflete a queda do número de plaquetas, muitas vezes a única manifestação visível da forma hemorrágica da dengue.

Varella alerta ainda para aos sinais quando o quadro se agrava:

- Dores abdominais fortes e contínuas
- Vômitos persistentes
- Tontura ao levantar
- Fígado e baço doloridos
- Sangue nas fezes ou na urina
- Extremidades das mãos e pés azuladas
- Pulso rápido
- Agitação ou moleza
- Diminuição do volume da urina
- Diminuição súbita da temperatura do corpo
- Dificuldade para respirar.

Segundo ele, a presença de qualquer desses sintomas indica a necessidade de internação hospitalar urgente. ”Nesta altura, não dá mais para evitar a picada do mosquito, nem a epidemia. Mas é absurdo que alguém, principalmente uma criança, morra de dengue em pleno século 2″, concluiu o doutor Dráuzio Varella.

quarta-feira, 11 de março de 2009

CHOCOLATE E AS CRIANÇAS

Principalmente para as crianças, a Páscoa é celebrada com chocolates. Para a família em que há jovens com diabetes, a ocasião deve ser vista com cautela, mas sem fazer um bicho de sete cabeças. “Acho que os pais devem oferecer os ovos de Páscoa às crianças e adolescentes, explicando a quantidade que poderá ser ingerida por cada uma, já que o plano alimentar é individualizado. Quanto mais restrições e proibições são colocadas, mais a criança e/ou adolescente tentará comer escondido ou em maior quantidade”, sugere a Dra. Cláudia Pieper, endocrinologista e coordenadora de Transtornos Alimentares da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). A dica também é válida para uma família na qual convivam, no mesmo ambiente, crianças e/ou adolescentes com e sem diabetes. É importante que os pais instruam os filhos que todos tem restrições – independente da condição de um ou outro filho. Que tal uma contagem de carboidratos em família?

A Negação da Data

Existe a negação da Páscoa. Pais que, preocupados com o bem estar de seus filhos, entendem que uma conversa franca não é uma boa estratégia. “Às vezes a família pensa que pode negar a situação. Ela tenta de todas as formas fazer de conta que não existe a Páscoa. A negação não é uma boa solução para os problemas. Uma questão importante, nestes casos, é saber de quem é a dor. O jovem apresenta de fato um conflito com a situação de restrição? Ou ele será dos familiares, que sofrem pela restrição imposta ao filho?”, questiona a Dra. Maria Geralda Viana Heleno, psicóloga coordenadora do Acampamento para Crianças e Adolescentes com Diabetes da ADJ/ UNIFESP. Diante de um questionamento partindo dos filhos, a verdade é a melhor saída, de preferência acompanhada de uma conversa franca, com paciência e compreensão.

O Bom e o Mal do Chocolate

Segundo dados da Associação Americana de Chocolates, divulgados no site da Associação Brasileira de Indústria de Chocolates, Cacau, Balas e Derivados (ABICAB), estudos demonstram que o chocolate, quando integrado a um plano alimentar balanceado, não aumenta os níveis de colesterol no sangue. Também desmistifica o fato de que o chocolate e outros doces sejam substâncias causadoras do diabetes e que, tampouco, ele precisa ser completamente evitado por pessoas com diabetes.

“O chocolate é um dos alimentos que constituem uma fonte rica em cobre para o organismo e, também, de substâncias chamadas como antioxidantes. As gorduras que compõe o chocolate ajudam a aumentar o HDL (colesterol bom), além de melhorar o estado de humor da maioria dos que o consomem. A atenção deve ser também redobrada em relação à quantidade de gorduras Trans que o chocolate muito elaborado (com recheios cremosos, por exemplo) pode conter. Essa gordura aumenta o colesterol do sangue”, afirma a Dra. Pieper.

Versões Light, Diet e até Normal

Nessa época do ano, as prateleiras de supermercados e lojas estão repletas de opções. Entre elas as diet, versões de ovos recomendadas ao consumo de pessoas com diabetes, mas nem sempre. “Os ovos light são boas alternativas quando se observam os teores de gordura e a quantidade de calorias. Nos rótulos deve-se procurar ler se contém sacarose (açúcar da cana) ou muita quantidade de frutose. Isto não estaria indicado para o portador de diabetes”, explica a Dra. Pieper.

O chocolate diet revela-se outra boa opção, “caso ele tenha menos carboidratos total em relação ao chocolate tradicional e, no máximo, 5 gramas para 15 gramas de carboidrato”, esclarece a nutricionista Josefina Bressan, coordenadora do Departamento de Nutrição da SBD.

Ao contrário do que se acredita, o chocolate normal não é um produto terminantemente proibido e o seu consumo deve ser associado à utilização do Manual de Contagem de Carboidratos. Segundo a endocrinologista Cláudia Pieper, “uma criança e/ou adolescente que faça uso de insulina ultra-rápida ou da bomba de insulina com a contagem de carboidratos está apta, também, a consumir algum tipo de chocolate não diet”, completa a endocrinologista.

Doces Alternativas

Com o objetivo de servir como ferramenta de apoio aos pais de filhos com diabetes, a equipe do Departamento de Nutrição e Metabolismo da SBD elaborou um cardápio especial de sobremesas para o feriado do domingo de Páscoa, todas com chocolates em seus ingredientes. E o melhor, com receitas que podem ser consumidas sem a tradicional escapadinha do plano alimentar. São quatro receitas saudáveis e nutritivas que, para facilitar, foram divididas pela equipe de nutrição da SBD em três grupos, conforme o adoçante:

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

VIOLENCIA AS CRIANÇAS NO CARNAVAL

Às vésperas do carnaval, o combate a exploração sexual de crianças e de adolescentes será intensificado na capital fluminense e em várias cidades do país, especialmente as turísticas e as capitais. Uma campanha coordenada pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos pretende esclarecer que os casos de violência, além de serem denunciados ao Disque 100, devem ser informados aos Conselhos Tutelares de cada cidade. Com o slogan “Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é Crime. Denuncie! Procure o Conselho Tutelar de sua Cidade ou Disque 100”, a campanha liga imagens típicas do carnaval ao enfrentamento da violência. O símbolo da edição de 2009 é um pierrô com uma lágrima escorrendo no rosto, representando o sofrimento das crianças violentadas. Durante os dias de folia, a campanha vai distribuir com essa marca adesivos, bandanas, cartazes e até tatuagens temporárias. No ano de 2008, o Disque 100, criado para receber denúncias de exploração e abuso sexual contra crianças e adolescentes, recebeu em média, 89 ligações por dia.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

LENTAS? ACHO QUE NAO!!

As crises que uma repetência de ano pode causar na cabeça dos pais faz com que muitas escolas hesitem antes de reprovar uma criança. E, no entanto, há casos em que repetir o ano pode significar não só um alívio, como um fecundo recomeço na vida daquela criança. A questão é: quando e por que reprovar?Penso que jamais se deve reprovar uma criança por causa de um conteúdo específico. Porque ela vai mal em Matemática, por exemplo. Um conteúdo específico pode ser recuperado com relativa facilidade. A criança ainda não aprendeu a dividir por dois algarismos no período regular das aulas? Ora, se você der oportunidade, não será difícil para ela recuperar isso.Para mim, a reprovação escolar tem de estar ligada à capacidade geral de aprender que a criança demonstrou naquele período de aulas. Há uma soma de dificuldades que foram se acumulando e que tornaram aquela criança incapaz de cumprir as exigências mínimas requeridas na série seguinte. A reprovação nunca acontece por fator isolado. Se você reprova uma criança na terceira série e examina seu histórico, certamente percebe que ela já teve dificuldades na alfabetização, especialmente na segunda série, quando começou a trabalhar mais com textos de Ciências e Estudos Sociais. As exigências foram aumentando ela chegou a um ponto em que era muito penoso continuar.O resultado é uma criança desinteressada nas aulas, sempre fazendo um grande esforço para produzir respostas pouco satisfatórias. Ela mesmo não se sente bem. Começa a se comparar com as demais. Seu auto-conceito vai sendo afetado, ela se sente pior do que as outras, menos capaz, menos inteligente. E, o que é pior: os pais também vão vendo a criança desta maneira. Adianta prolongar esta situação?Mas insisto em que a criança nunca deve ser reprovada porque vai mal numa determinada matéria, mas apenas porque seu desenvolvimento, como um todo, não está correspondendo. Em todas as classes você vai encontrar crianças que se revelam mais rápidas ou mais lentas para aprender. Essa lentidão pode ser explicada por um problema específico da criança naquele momento. Ou então ela não adquiriu direito conhecimentos que agora começam a fazer falta. Isso acontece particularmente com crianças que mudam muito de escola. A dificuldade de acompanhar a primeira série é causada, não raro, por uma alfabetização insuficiente. E aqui é bom lembrar que nem todos os métodos de alfabetização funcionam igualmente bem com todas as crianças.Existe reprovação também por causa da própria estrutura da escola. A criança que repete, nunca repete em tudo. Ela nunca ficou o ano inteiro sem aprender nada. Nunca perdeu o ano. O problema é que a escola é dividida por séries e não áreas de conhecimento. Isso é meio injusto. Uma crianca pode ir mal em linguagem e muito bem em matemática, em desenvolvimento emocional e físico. No entanto, ela talvez seja reprovada porque não está preparada para o conjunto de exigências da próxima série. Se não houvesse este sistema de séries, tais reprovações talvez não precisassem acontecer.Uma reprovação que, ao meu ver, deve ser evitada ao máximo é aquela que ocorre na quinta série. É uma época em que o aluno está vivendo uma passagem de idade, cheia de namoros, esportes, novos amigos. Ele tem tudo para se desorganizar um pouco e ir mal na escola. Mas isso não significa que ela não tenha capacidade para fazer a sexta série. Em vez de reprová-lo sumariamente, é mais aconselhável trabalhar no sentido de desenvolver sua responsabilidade e sua melhor organização no tempo. É uma fase de desorganização emocional, que é transitória, normal, e não necessariamente precisa ser punida com uma reprovação.Infelizmente o problema da repetência escolar parece que é muito mais sério para os pais do que para as crianças em si. A primeira reação, em geral, é tirar o filho da escola. No entanto, bem conduzida, a criança aceita a repetência com muito mais naturalidade. Eu me lembro de um caso típico. Uma criança chegou à Móbile para fazer a primeira série, mas já com alguns problemas de alfabetização. Contou com muito estudo orientado, com muito atendimento psicopedagógico e, mesmo assim, chegou ao final do ano, bastante imatura em relação às outras. Não dominava a leitura, tinha dificuldades na escrita e se mostrava muito dependente da professora. Para mim, tratava-se claramente de uma criança inteligente, capaz, e que apenas precisaria de um tempo maior. Seria uma grande vantagem para ela refazer a primeira série.Os pais eram psicólogos, os dois. A mãe aceitou o fato naturalmente. Com o pai a coisa já foi mais complicada: então a minha filha é pior do que as outras? Foi difícil explicar que ela não era pior, apenas tinha um desenvolvimento diferente do esperado para as outras crianças. O que não significa que sempre vai ser assim. Então, é melhor que ela pare, se reorganize e não necessite mais ir em frente na base do empurrão. Mas o pai insiste: é que nós andamos muito ocupados este ano; se ela for aprovada, no ano que vem a gente dá mais atenção, põe uma psicopedagoga logo no começo... Para mim, isso já é a tentativa de transformar a vida desta criança numa vida artificial. Com maneiras artificiais de enfrentar as dificuldades, sem ver direito o que elas significam. As ajudas especiais só tem sentido quando se trata de problemas especiais.Mas o pai não se convencia. Seu argumento era o de todos: o que meu filho vai sentir ao ver todos os seus amiguinhos na outra série? Ele não vai se desinteressar definitivamente pela escola? desistir de estudar? Ora, eu penso que é o contrário que acontece. Uma criança que avança sem condições é que tende a desistir. Especialmente se for reprovada lá adiante, na sexta, sétima série. A repetição no momento certo só pode ser útil.Bem, o fato é que o pai enfim se convenceu, a criança foi reprovada, mantida na escola - e hoje é outra criança! O pai mesmo veio nos cumprimentar. Ela não precisa mais ficar horas estudando. Diz que agora, sim, gosta muito da escola. A escola, na verdade, não mudou. Ela é que agora acompanha bem as aulas e se sente igual às colegas. Está hoje na terceira série, não teve mais nenhuma dificuldade séria. Simplesmente ela tinha um problema de alfabetização e precisava de mais tempo. Só isso.Agora, há crianças que, definitivamente, revelam um ritmo de aprendizagem mais lento. Estas necessitam de escolas especiais, cuja estrutura preveja este ritmo mais lento. Infelizmente, existem poucas escolas assim. E não se pode confudir capacidade mais lenta de aprendizagem com deficiência mental. São dois casos - e dois tratamentos - completamente diferentes.Embora a educação seja uma área tão decisiva no desenvolvimento do filho, raramente ela é assumida pelo pai e pela mãe. Principalmente durante a pré-escola e o primeiro grau, a educação corre por conta da mãe. Surge um problema escolar e a gente logo telefona para a mãe. Mesmo ao educador, jamais ocorre telefonar para o pai, para o trabalho do pai. Nas reuniões de pais, a proporção é de 20 mães para 2 pais. Isso só aumenta os equívocos na hora de uma reprovação.No ano passado, tivemos de reprovar uma criança. Era um desses alunos que, repetindo um ano, ia certamente trabalhar melhor para o resto da vida. O pai veio falar comigo. Ele entrou, se apresentou e foi logo dizendo: até agora deixei a responsabilidade da educação do meu filho nas mãos da minha mulher, mas, como ela falhou, eu vou tomar as rédeas das coisas. Quer dizer, quando você reprova uma criança, de certa forma está reprovando a mãe daquela criança. O que não é justo.Outros pais têm um acesso de raiva e resolvem bater no moleque, cortar as brincadeiras. É muito difícil eles entenderem que, às vezes, a realidade é mais simples. Que as crianças têm diferentes ritmos de desenvolvimento. Que não estão absolutamente perdendo tempo - foram mal em Matemática e Português e estão bem em Estudos Sociais e Educação Física. Elas só precisam de mais tempo. E por que precisam? As razões são várias. A própria família está muito desestruturada e a criança não tem tranqüilidade para produzir bem. Ou naquele ano a criança está com muita atividade. O que eu noto é que a criança aceita bem a reprovação quando ela é bem explicada e trabalhada. Quando a própria família aceita, mas não aquela aceitação na base do tudo bem, não tem importância. Porque também não é para aceitar uma criança que não está produzindo bem.Apesar de tudo, sei que é difícil para os pais. Os depoimentos neste sentido estão cheios de ressentimentos: "Eu tenho a sensação de que a escola não tinha feito tudo o que podia pelo meu filho. Penso que a avaliação está errada. Que o meu filho tinha se desenvolvido bastante naquele ano. Que ele vai ficar muito deprimido com a reprovação. Vai perder os amiguinhos, vai se sentir mal no meio de crianças mais novas que ele".São reações altamente emocionais e compreensíveis. Discutível é a atitude de, na maioria das vezes, tirar a criança daquela escola. A escola, que era considerada boa durante quatro, cinco anos, de repente é a culpada. E a criança, em vez de parar e se recuperar, vai para outra escola e depois, quem sabe, para outra. É mais fácil responsabilizar a instituição do que tentar perceber que o problema pode estar na criança. E só muito raramente vai se tratar de problemas neurológicos sérios, como os de motricidade ou de linguagem. Na maioria das vezes, é apenas um acúmulo de pequenas dificuldades que, superadas num ano de repetição, vão fazer com que a criança comece a produzir melhor e seu auto-conceito melhore tremendamente. Não adianta a criança ter um certificado de 8a. série e estar completamente incapacitada. O importante não é o certificado. É o desenvolvimento real da criança. E a pergunta que faço para os pais é a seguinte: por que todo mundo tem que se desenvolver no mesmo ritmo esperado pela escola?